Graças e Louvores
– Ao santíssimo e digníssimo sacramento!
Alguém lembra destas palavras? Normalmente
precedidas por estridentes sons de sinetas. Mas será que se pode comentar estas
tão temidas, respeitadas ou sacrossantas palavras. Qualquer católico, um pouco
mais antigo, ou da minha idade, sabe que não estou exagerando! Para mim, durante
a minha juventude, foi o que de mais significativo, ou de importância, que se
podia ouvir! Tais palavras, como se sabe, eram pronunciadas pelo padre durante
a consagração ao celebrar a missa. Mas o que significa, ou o que, afinal,
querem elas dizer?! Perguntei a vários católicos e sempre a mesma resposta: - Nada
sei. Olha que não foi de crianças que eu quis saber! Não é isto estranho que a
gente diga algo por dizer sem ao menos se preocupar com o que se está
afirmando! Será que não estamos parecendo estas aves que depois de muito
adestramento acabam por pronunciar algumas palavras! Não que na missa não se
diga nada de importante. Aliás, o que existe de mais importante é aqui que é
dito, ou anunciado, o que acontece é uma espécie de inversão de valores, o
destaque negado ao que é realmente importante. Refiro-me às palavras de Jesus
Cristo, Deus-Homem, o Verdadeiro, o Onisciente e o Todo-Poderoso. E estas são
as palavras que Ele deseja que sejam anunciadas com trovões, clarões e tudo
mais que seja necessário para calar fundo nos corações. – “Nosso Senhor Jesus
Cristo na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu
e o deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomai, comei; isto é o meu corpo que é
dado por vós; fazei isto em memória de mim.”
A seguir, depois
de cear tomou também o cálice e, tendo dado graças, deu-lho, dizendo: “Bebei
dele todos; porque este cálice é a Nova Aliança firmada no meu sangue,
derramado em favor de vós para a remissão dos pecados; fazei isto, todas vezes
que o beberdes em memória de mim.” Sl
33:4. Porque a palavra do Senhor é reta e todo o seu proceder é fiel. Eis aí palavras sacramentais de uma instituição divina
e palavras de um testamento divino. O
apostolo Paulo declara que o corpo e o sangue de Cristo estão presentes: ICo:10-16
Porventura o cálice da benção que abençoamos não é a comunhão do sangue de
Cristo? O pão que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo? ICo:11.27 Aquele que comer o pão ou beber o cálice do
Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Mc 14:24 Isto é o meu sangue, o sangue da Nova e
Eterna Aliança; Gl 3:15 Ainda que uma
aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga, ou lhe
acrescenta alguma coisa. Aí está o motivo
da santa missa, ou porque nos reunimos; conforme ordem de Cristo: “fazei isto
em memória de mim”, como se estivesse a dizer: Não esqueçam nunca o motivo pelo
qual vim ao mundo: para morrer por vocês para que tenham vida em meu nome. E
aqui, lembram vocês, está o meu verdadeiro corpo e sangue para ser comido e
bebido, sob o pão e o vinho, por vocês meus seguidores que se regozijam com
estas palavras “Dado e derramado em favor de vós para remissão dos teus
pecados.” Por estas palavras nos são dadas, no sacramento, remissão dos
pecados, vida e salvação. Pois onde há remissão de pecados, há também vida e
salvação. Conforme Lutero em seu Catecismo Menor, e quem tem vida e salvação o
que mais poderia desejar!? Então, graças
e louvores sejam dados a cada momento a estas palavras do nosso Deus.
Honrando-o assim, com gratidão e reverência porque acreditamos em suas
promessas e o adoramos por ser o único Deus. Deste modo estamos também
cumprindo o seu Primeiro Mandamento, visto que não adoramos a hóstia
consagrada, como fazem os católicos. Isto acontece, por que como ensina Roma: o
padre teria o poder de transformar pão e vinho no corpo e sangue de Cristo, com
isto fica este material em um cálice que é conservado e, inclusive,
publicamente adorado quando carregado em procissões, como por exemplo: no dia
de “Corpus Christi”. No entanto, uma
mentira, ainda que sobreviva por mais de mil anos jamais ganhará o status de verdade! Acreditamos, porém, que o comungaste só
recebe o corpo e o sangue de Cristo no momento da distribuição, por força e
poder das palavras divinas que dizem: “Isto é o meu corpo; e este é o meu
sangue” A sobra deste material é simplesmente pão e vinho. Então! Graças e
louvores sejam dados a quem? Aos
elementos contidos no cálice? Ou às potentes e promissoras palavras de Jesus
Cristo? Que se constitui em espírito e vida. Conforme João Cap.6:63.
Por Jesus Cristo! Aquele que mais nos amou, a ponto de se sacrificar na infamante cruz, a fim de que sejamos reconciliados com o Nosso Pai Celestial!
Nosso Senhor e
Salvador! Amém!
Ildo Borges Fernandes
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